sábado, 19 de fevereiro de 2011

O Cristão deve ser cabeça ou cauda?

"E o Senhor te porá por cabeça, e não por cauda" (Deuteronômio 28:13).

Será que estamos nos tempos dos dinossauros, no tempo dos grandes répteis? Ou será que o corpo de Cristo (que é a igreja) tem um rabo?
Meus irmãos, a muito tempo ouvi uma frase muito interessante: “O texto fora do contexto gera pretexto”. Com razão, utilizar algumas poucas palavras ou meias verdades para justificar-se não é agir com sinceridade e honestidade, muito pelo contrário, estaríamos fazendo papel de anticristo como foi escrito por João (1 João 2:18).
Outros, dos quais se dizem cristãos, desenvolvem a “teologia da prosperidade” baseada nisto, contextualizando do texto com o ditado popular: “ser cabeça”, no sentido de mandar, dominar, ser o chefe ou o líder. Assim, fazem pregações e palestras de motivação pessoal, induzindo os fiéis sinceros à um pensamento humano, um pensamento que é como uma praga, um câncer. Estas correntes filosóficas modernas induzem o cristão a crer que não deve servir, que a sua função como crente em Cristo é “mandar”, e o evangelho de Cristo é exatamente o contrário, Cristo nos deu exemplo de um Senhor que veio para servir, e assim, salvar, não para comandar. O grande ministério dos fiéis é o serviço, o amor, e a humildade.
Todo homem que se coloca a serviço da obra de Cristo com humildade, amor e pronto para o serviço, este é abençoado e bem sucedido em tudo que faz. Cristo nos deu o exemplo:
"Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos" (Mateus 20:28).
Mas então, se este texto não fala que nós seremos cabeça como pensa o mundo, o que é esta cabeça?
Queridos, lembremo-nos das palavras do profeta que nos auxilia em como estudar as Escrituras. Diz: "Porque é mandamento sobre mandamento, mandamento sobre mandamento, regra sobre regra, regra sobre regra, um pouco aqui, um pouco ali" (Isaías 28:10).
Assim, devemos buscar as respostas na própria bíblia. Vejamos o texto de Deuteronômio inteiro. Está Escrito:
"E o Senhor te porá por cabeça, e não por cauda; e só estarás em cima, e não debaixo, se obedeceres aos mandamentos do Senhor teu Deus, que hoje te ordeno, para os guardar e cumprir" (Deuteronômio 28:13).
No texto aparece uma condição para sermos cabeça: a obediência a vontade de Deus, a Seus mandamentos. Logo, ser cabeça pode significar aquele homem que é obediente, é exemplo de conduta de vida. Porém, como vimos, devemos procurar outros textos que nos auxiliam a compreensão de tal sentido. O profeta Isaías nos ajuda a compreender o contexto da vontade de Deus, explicando o que significa cada coisa. Ele diz:
“O ancião e o homem de respeito é a cabeça; e o profeta que ensina a falsidade é a cauda” (Isaías 9:15).
O profeta arrebata o assunto, nos deixa clara a vontade de Deus. Todo aquele que é desobediente a Deus, que ensina falsas doutrinas, este é a cauda, porém, a cabeça é o verdadeiro servo do Senhor, aquele que tem a Deus como fonte de vida e busca na obediência ao Senhor das Luzes ser exemplo de vida.
João disse:
“Aquele que diz que está nele, também deve andar como ele andou” (1 João 2:6).
Irmãos, não sejamos insensatos. Cristo está a porta e a Sua vinda está próxima. Entreguemos nossa vida ao verdadeiro salvador, pois Ele é bom e justo para nos perdoar e nos justificar. Digo isto, pois, é chegada a hora que Ele, ao soar da última trombeta, virá para separar o Seu povo e arrebatar aqueles que à Ele se entregaram. Como fora profetizado por Isaias:
“Assim o Senhor cortará de Israel a cabeça e a cauda, o ramo e o junco, num mesmo dia” (Isaías 9:14).

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Fé X Obras?

“Assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta” (Tiago 2:26).

Alguns assuntos, por mais que tenha uma grande semelhança, apresentam contextos diferentes, entretanto, outros, são tão íntimos como o amor “do Pai pelo Filho”.
Todos nós, os que cremos em Cristo, fomos “feitos para as boas obras” (Efésios 2:10), assim, não somos apenas justificados pela nossa fé, mas a nossa obra é quem testemunha nossa fé (Tiago 2:24).

Em Tiago está escrito: “mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras” (Tiago 2:18).
Devemos nos lembrar que os textos não estão se tratando de salvação, pois a esta vem de graça “por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie” (Efésios 2:8-9), porém, as obras são os atos de consumação da nossa fé, ou seja, o que de fato mostra que cremos em um Deus verdadeiro. Não existe possibilidade de um não estar ligado ao outro.
“E, se o irmão ou a irmã estiverem nus, e tiverem falta de mantimento quotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos, e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí?” (Tiago 2:15-16).
Nosso mundo está mais preocupado com seus desejos e prazeres, e em muitas das vezes, esquecem do maior mandamento já deixado pelo Mestre: “o Amor”.
Jesus comparou e resumiu Sua vontade nisto (Mateus 22:37-40) e Paulo contribuiu para o ensino disto dizendo “de sorte que o cumprimento da lei é o amor” (Romanos 13:10).
Em outras palavras, “qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus” (1 João 4:7-8). Sendo o amor o resumo da lei e da vontade de Deus, não seria este amor uma obra? Pois todo aquele que ama seu próximo obedece a lei, assim, aquele que não ama também é transgressor da mesma.
Aos que dizem que a lei foi abolida (mesmo o próprio Filho não o dizendo [Mateus 5:17]), lembremo-nos que "o pecado não é imputado, não havendo lei" (Romanos 5:13), sendo então, esta abolida por Cristo, hoje não haveria pecado e nem condenação, de fato, Satanás não poderia enganar ninguém, pois todos estaríamos livres e salvos da condenação da lei (que é a morte, mas, ainda morremos), e assim, livres de pecado, entretanto, "eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás" (Romanos 7:7), "assim a lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom" (Romanos 7:12), pois através dele, conhecemos a vontade do Pai que está no céu, do qual, por causa do nosso pecado, nos deu ao Filho, para que ao olharmos para a lei e assim sermos conhecedores dos nossos pecados, possamos nos achegar ao Filho e nos arrepender, humilharmos e humildemente buscar a salvação que está Nele, de graça, pela fé, porém, de fato "anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma, antes estabelecemos a lei" (Romanos 3:31), sendo assim, através das obras da lei, não buscando a salvação, mas a confirmação da fé no Cristo, pois Ele disse: "Se me amais, guardai os meus mandamentos" (João 14:15), ao fim de que “fé sem obras é morta” (Tiago 2:26).
Como poderemos dizer que cremos em um Deus que não conhecemos se não andamos como Ele andou. Pois assim está escrito que “aquele que diz que está nele, também deve andar como ele andou” (1 João 2:6), logo, se Nele permanecemos, somos aperfeiçoados Nele para as boas obras (Efésios 2:10).
Irmãos, não sejamos insensatos e ingênuos com os “movimentos religiosos” que tentam nos afastar da vontade de Deus. O amor a Sua lei nos traz segurança, e sua obediência justifica nossa fé perante o que cremos, sendo assim, salvos por meio da graça que há em Cristo Jesus, Homem puro e perfeito, onde, por meio Dele, entrou a salvação no mundo para todo aquele que Nele crer, e sendo assim, o amamos, como um filho ama a seu pai, conscientes que Ele nos amou primeiro e se entregou à morte, para que se pudesse anular a dívida e a maldição que estava sobre nós, pois todos pecamos, sendo destituídos da presença do Senhor e condenados a morte, mas em Cristo encontramos a vida, e todo aquele que diz amá-lo, guarda Seus mandamentos, todo aquele que diz crer, anda como Ele andou, fazendo-se inimigo dos desejos da carne e do mundo, antes até, negando a si mesmo, para que Cristo possa aperfeiçoar e habitar em sua morada.