domingo, 3 de abril de 2011

Escravos Sociais

“Quem nos dera tivéssemos morrido pela mão do Senhor na terra do Egito, quando estávamos sentados junto às panelas de carne, quando comíamos pão a fartar!” (Êxodo 16:3).

Os israelitas foram o povo designado por Deus para servir de exemplo para os demais homens, mostrando como ter uma vida segundo a vontade de Deus e em tudo servir como modelo, desde a alimentação e cuidados com a saúde até os princípios que regiam a moral e a sociedade. Mas acontece, que neste percurso, o povo modelo passou por uma provação que mudaria toda a história de Israel: Foram escravos! E não o foram por pouco tempo, mas sim por mais de quatrocentos anos (Êxodo 12:40). Agora imagine você, cativo por quase meio milênio, servindo a um povo com costumes e culturas totalmente diferentes da sua? O que aconteceria? Com certeza estaríamos tão adaptados com este novo modelo social que acabaríamos introduzindo-o em nossa comunidade.
Realmente, o povo de Israel estava tão acostumado com os costumes dos egípcios que se esqueceram do verdadeiro Deus, o EU SOU e Senhor dos Exércitos.

“Quando estamos com o coração distante da vontade de Deus não compreendemos os Seus sinais”.

Algumas vezes me perguntava: como o povo de Israel pôde se rebelar contra Deus, mesmo Ele operando sinais inexplicáveis?
Os israelitas estavam firmados na cultura e tradição egípcia. Esta era a sua zona de conforto. Assim, tudo o que estava em oposição a isto era grandemente repreendido pelo povo.
Deus proveu salvação e libertação para o povo, e na primeira dificuldade eles declararam: “Não é isto que te dissemos no Egito: Deixa-nos, que servimos aos egípcios? Pois melhor nos fora servir aos egípcios, do que morrermos no deserto” (Êxodo 14:12).
Eram um povo murmurador. Não viam o benefício que receberam de serem livres para adorar a Deus, antes se preocuparam com as coisas terrenas e palpáveis, mesmo Deus operando grandes prodígios em seu meio.

"E os filhos de Israel disseram-lhes: Quem dera tivéssemos morrido por mão do SENHOR na terra do Egito, quando estávamos sentados junto às panelas de carne, quando comíamos pão até fartar! Porque nos tendes trazido a este deserto, para matardes de fome a toda esta multidão" (Êxodo 16:3).

Porém, em meio a tanta “reclamação”, Deus, com Sua mão poderosa os livrou da escravidão em terra estrangeira.

“Não temais. Estai quietos, e vedo o livramento do Senhor, que hoje vos fará. Aos egípcios, que hoje vistes, nunca mais vereis para sempre” (Êxodo 14:13).

“Ser livres da escravidão do pecado, nos isenta de pecar?”

A cultura o qual estamos agregados em nossa sociedade pode ser uma arma destrutiva na vida de muitos cristãos, que desconhecendo a vontade de Deus, praticam atos de plena rebelião ao Senhor. Quantos jovens, hoje em dia, que confessam ser cristãos, se prendem a vícios (“inofensivos”), participam de eventos degenerativos e não guardam o corpo como templo do Espírito Santo?
Em nossa sociedade, não tem nada de mal em fumar um cigarrinho, ficar com um monte de meninas em uma festa, ter relações sexuais fora do matrimônio. Isto é normal, e aceitável. Mas é correto?
Este foi exatamente a estratégia do Rei Babilônico Nabucodonosor. Ao dominar algum território, tomava jovens com habilidades específicas para instruí-los na cultura babilônica e assim, usar estes como governadores para seu império. Em outras palavras, Nabucodonosor “adestrava” os jovens em uma cultura pagã, mostrando a eles este novo pensamento como algo bom e aceitável, ao ponto deles esquecerem ou negarem as próprias origens.  

“Então disse o rei a Aspenaz, chefe dos eunucos, que trouxesse alguns dos filhos de Israel, da linhagem real e dos nobres, jovens em que não houvesse defeito algum, formosos de parecer, e instruídos em toda sabedoria, sábios em ciência, e versados no conhecimento, e que tivessem habilidade para viver no palácio do rei, a fim de que fossem ensinados nas letras e na língua dos caldeus. O rei lhes determinou a ração de cada dia, da porção do manjar do rei, e do vinho que ele bebia, e que assim fossem criados por três anos, para que no fim deles pudessem estar diante do rei” (Daniel 1:3-5).

E como estamos hoje em meio a nossa cultura?

Com certeza essa resposta é pessoal, mas não deixa de ser um pedido a reflexão e análise de nossa sociedade, que tem imputado valores, conceitos e ensinos diversos, e como estamos inseridos nela, mas será que tudo isto está de acordo com a vontade Deus?
Vamos refletir! Pois podemos estar negando o Deus que cremos participando da mesa e bebendo do vinho imundo que a grande Babilônia está oferecendo a todas as nações.

"E ouvi outra voz do céu, que dizia: Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas. Porque já os seus pecados se acumularam até ao céu, e Deus se lembrou das iniqüidades dela. Tornai-lhe a dar como ela vos tem dado, e retribuí-lhe em dobro conforme as suas obras; no cálice em que vos deu de beber, dai-lhe a ela em dobro" (Apocalipse 18:4-6).

Reflita!

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